Posts Tagged ‘beirute’

Tá ótimo do jeito que tá

por Iain Semple

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Estava presente na noite do beira da sul quando mudaram a disposição das mesas.

Todos se sentiam desconfortáveis… De repente, em uma simples troca de olhares e em uma cumplicidade silenciosa, todos nos levantamos e recolocamos as mesas no lugar de origem.

Uma salva de palmas e nunca mais mudaram as mesas de lugar!

A missa no Beirute

por Frei Pedro Lopez

Bem, primeiro me apresento. Sou Frei Pedro Lopez e em Abril de 2001 celebrei a minha última missa. Fui padre no aniversário 35 do Bar e Restaurante Beirute. Na mesma semana fui chamado pelo meu superior que queria explicações de tal ato sem autorização do Arcebispo local, e por isso mesmo, antes de ser expulso da igreja católica, solicitei dispensa do ministério sacerdotal, mas continuo um frade franciscano capuchinho, e de licença até hoje, pois não daria o gosto de ser expulso por ninguém…

Desde então continuo no Beirute, sempre repleto de amigos e familiares. Acredito que esse feito é único e por isso mesmo resolvi escrever esta história, afinal, desafio a quem quer que seja, a contar um feito igual!

Lembranças a toda família Beiruteana e muita Beirabier gelada, pois nós merecemos ser felizes e pra mim o caminho da felicidade passa pela mesa do Beira.

Trupe do Bem

por Bruno Mendonça Alves

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Eu já gostava de cerveja quando cheguei em Brasília em 1999, mesmo ano que conheci o Beirute. Lugar de interações estéticas das linguagens artísticas, políticas, filosóficas, enfim, as mais variadas.

Venho de Magé/RJ, onde exercia uma boemia moderada por causa da idade, mas em Brasília tudo mudou. O Beira Sul esteve presente em muitas das minhas decisões, uma delas foi de escolher a Artes Cênicas para minha trajetória acadêmica, as quais me levaram ao teatro de rua.

Durante quatro anos consecutivos o Beirute serviu de palco para a “Trupe de Bem”, grupo de teatro criado pelo Estruturação – Grupo Homossexual de Brasília – com patrocínio do Ministério da Saúde. Éramos quatro atores, dois homens e duas mulheres, e um diretor, que nesses quatro anos, de 2001 a 2005, chegávamos ao Beirute e lá apresentávamos esquetes e distribuiámos preservativos. Fizemos mais de 30 apresentações. Após cada apresentação tinha uma pausa para o famoso quibe do Beiras e depois seguiámos para a ex-boate Garagem, a fim de finalizar a temporada, porque a cada mês tínhamos uma nova performance a elaborar.

Então já viu, nada melhor do que ir ao Beira tomar uma cervejinha, encontrar com os amigos, comer uma comida daquelas (hummmm…), num lugar de inspiração para criação, decisões, reunião e intercâmbio. Um ambiente múltiplo, que contempla a diversidade cultural da cidade.

Moro em Bsb há onze anos e desde então frequento o Beira, e não dispenso a cerva servida em neve.

Bofe exxxcândalo

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por Priscila

Sempre frequentei o Beirute, principalmente na época de faculdade. Tenho um amigo gay que se sentia melhor indo para lá, porque o Beirute sempre foi reconhecido por ser um bar democrático, sem qualquer tipo de preconceito.

Em mais uma reunião da turma, cheguei com meu, então, namorado ao Beirute da Asa Sul. Sentei a mesa com meus amigos e meu namorado foi ao banheiro. Logo depois o amigo, que mencionei, senta ao meu lado e diz: “Priiii, tem um bofe exxxcândalo no banheiro!! Que homem!! Mas acho que ele não é…”, disse desolado. Continuamos a conversa. Eis que, descendo as escadas, um homem não parava de olhar em nossa direção. Meu amigo diz: “Priiii, é aquele! Nossa, ele não pára de olhar pra cá…”. E eu: “É, amigo, tô vendo! Será que ele gostou de você?!”. “Será?!”, ele retrucou. O homem começou a se aproximar da gente e meu amigo estava cada vez mais tenso, fazendo caras e bocas para o homem e pra mim! O homem sentou, meio sem graça, ao meu lado.  … Silêncio… Os olhares ficaram se cruzando por longos segundos na mesa.

O silêncio foi quebrado: “Huguinho, esse é Zezinho, meu namorado!”. Conclusão da história: meu amigo ficou rosa-chiclete com a situação! Logo depois, demos boas risadas do ocorrido!

Beirafarma

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por Jonas Francisco dos Santos

Há mais ou menos 6 anos atrás conheci uma pessoa, a qual estamos juntos até a presente data. Estávamos no maior clima dentro do carro, seria nossa primeira noite de amor.

Foi ai que ela, inteligentemente, falou: Só TRANSO COM CAMISINHA!

Estava sem preservativo, já era madrugada e não encontrei nenhuma drogaria aberta. Ela estava radical.

Foi aí que lembrei do Beirute! Fui até lá e não deu outra, consegui a camisinha!

Tivemos nossa primeira e maravilhosa noite de amor.

15 minutos de Beirute

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por Brésia Soares dos Santos

Alguns anos atrás, (não muitos tá pessoal!) quando eu era estagiária no BRB da 509 Sul, nas semanas de pagamento do pessoal do GDF, o banco lotava de um tanto que não dava pra ninguém sair pra almoçar. Em dias normais nos revezávamos e aqueles que quisessem almoçavam na copa da agência ou nos restaurantes da redondeza.

Semana de Pagamento? Loucura total! E eu amava, pois a galera ligava pro Beirute e pedia pra entregar refeições lá na agência. Ai que Delícia!

Lembro como se fosse hoje o sabor daqueles charutos de repolho e do kibe (meus favoritos)… Faziam o dia valer a pena.

Numa descida rápida à copa, não mais que 15 min, comíamos e voltávamos para o atendimento. Eram 15 minutos formidáveis com o cardápio do Beirute.

Assim, até hoje, frequento e adoro, o Beirute faz parte da minha história. Abraços!

Amnésia conveniente

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por Diego Capdeville

Estava eu no Beiras Sul há algum tempo atrás. Na mesa estavam: minha ex, e duas garotas que eu ficava.

O clima estava pesado. Começo então a beber muito.

Acordo no dia seguinte sem saber onde estava, nem com qual delas eu fui embora.

Naquela noite houve briga e confusão, mas eu não lembro de nada por que o Beirute me propiciou essa amnésia tão conveniente!

No cardápio: afeto, lembranças, carinho, amizade e saudades

por Claudio Moreira dos Santos

Conheci Brasília nos meus dez anos de idade. A Capital efervecia: política, contracultura, militarismo, liberdade sexual e psicodelismo eram temas frequentes nas rodas de adultos. O espaço ainda democrático naquele tempo para tais conversas, era a mesa do bar. No meu caso – e dos meus familiares que aqui residiam e vínhamos visitar – não se tratava de um bar qualquer. O eleito se chamava Beirute. Cerveja, comida boa e descontração, eram, para a gente grande, o “barato” do local. Já para mim, o assunto era outro: balanço e escorregador, lindos, pintadinhos de azul e amarelo, ali, na porta, debaixo das árvores, a poucos passos do Guaraná Caçula, da Crush ou das comidas do “povo que mora do lado de lá do mundo!”.

O bom daquele tempo foi o que me moveu a vir morar em Brasília. Desde que isso se concretizou, passei eu a ser um frequentador do bar, que para mim, tem diferentes sabores além dos do cardápio: afeto, lembranças, carinho, amizade e saudades, dos brinquedos que ali já não existem mais.

Asa Sul ou Asa Norte

por João Paulo Procópio

O Beirute tem esse negócio de você não necessariamente precisar combinar com seus amigos de se encontrarem lá, pois a probabilidade deles já estarem na gandaia beiruteana é enorme. Daí tantos encontros, reencontros – e desencontros também.

Desde que abriu a filial da 107 Norte (uma bênção aos asa-nortistas em tempos de blitz), combinar um “vamos ao Beiras” passou a exigir alguns cuidados estratégicos, pois invariavelmente quando não se especifica, as pessoas vão parar na Asa que lhe é mais cômoda.

A vantagem é que, por ser Beirute, Asa Sul ou Asa Norte, pode-se até não encontrar quem se tinha planejado – mas com certeza você encontrará outras surpresas, outros velhos amigos, e improvisará mais uma cervejada daquelas. Com mexuê, que ninguém é de ferro.

Os cheques da discórdia…

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por Cláudia Botafogo

Devia ser lá por 98, ou antes, num tempo que as comemorações eram feitas todas na 109 sul. Tinha iniciado uma sociedade com uma antiga amiga, eu faria panquecas no bar dela e emprestava alguns cheques para as despesas extras. Estava tudo correndo bem, até ela se enrolar e dar um monte de cheques meus… Entrei de boba nessa sociedade.

Em uma quinta-feira, lá para ás 10 horas da manhã, o gerente do banco me liga, dizendo o seguinte: Cláudia(naquela época ainda não era dona Cláudia), o seu saldo estourou! Eu ainda com sono acordei e respondi: olha só João(que seja, pois não lembro o nome dele), não se preocupe, pois o pagamento sai hoje. Ele falou: bom, mas o pagamento já saiu, e o estrago está feito! Acordei assustada, liguei para minha sócia e ela disse que precisou usar uns cheques, enfim, o estrago era bem maior do que eu pensava e estava mesmo feia a coisa. Tive que passar uns meses pendurada e deixei de pagar algumas contas, uma dessas do Beira, que eu sempre dava um cheque e no final de um período acertava… Quase enlouqueci! Nunca havia passado por uma situação dessas no Beirute! Como faria? Se não pagasse, não teria coragem de aparecer lá.

Depois de uns dias, dois amigos, vendo minha tristeza, disseram que pagariam meu cheque para que pudesse voltar ao Beirute e retomar meu sorriso e minha vida. Em um desses jogos que o Brasil ganhou, em alguma copa do mundo, eu estava lá na 109 sul e o seu Bartô(irmão do seu Chico e um dos donos) me viu no meio do povo e saiu gritando: Cláudia, porque você deixou de vir ao Beirute? Eu falei o que tinha acontecido, que os meninos iriam pagar a conta, se ele sabia se já haviam acertado. Então ele falou assim: Se ninguém pagou, eu pago, o que não pode mais é você deixar de vir aqui todos os dias!

Dito e feito, nunca mais deixei de ir, e nunca mais confiei tanto em antigas amizades.